A mudança nos torna consequentemente aptos para nossas escolhas. Alguns chamam isto de fé, outros, mais ainda, julgam que mudanças são aquelas que, aos olhares de outros, ficam explícitas (o famoso "de dentro para fora"). O moinho que nos move são as constantes mudanças, sejam elas boas ou ruins, mas são o que são e, nesse meio tempo, o rompimento dos padrões já flui em nossas vidas e não mais nos poemas de Drummond.
Parte do que não era, passa a ser; somos dotados de pensamento e sabemos bem o que desejamos, é inútil dizer que o Sol brulha mais que a purpurina em seus olhos, a diferença não está na intensidade do brilho e, sim, na forma como é demonstrado isso. Certamente, o brilho solar é bem mais natural comparado ao glitter, mas não o torna fosco. Gradativamente a mídia e os meios de comunicação estão movendo e rompendo firmemente com esses padrões de pensamento, uma vez que a capacidade humana é o robô da TV e acaba sendo o rato na armadilha mais bem sucedida dos últimos tempos: a modernidade. Da mesma forma que um violão afina suas cordas, nós somos moldados para sermos de um só aspecto, a perfeição. A criação da imagem perfeita torna-se assim devido ao brilho dos olhos, a cegueira da luz, o tato usado para admirar o muro que não é quebrado enquanto tivermos a porcaria do tabu, até porque esse procedimento idealizador um dia será a nossa cadeira de rodas, se já não for. Não dá para descrever a raça humana, são diversas desigualdades, milhões de cabeças e muito poucos para reiná-la. Ainda há razão quando digo que um leão pequeno deve compensar com um rugido grande.
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