quinta-feira, 25 de julho de 2013

Se eu fugir, se eu pensar em correr na direção contrária, fecha o meu sinal, atropela a minha insanidade. Contraria a minha lei de sempre errar o caminho. Se por acaso ou burrice eu for para o outro lado, me faça voltar. Porque eu quero, eu sempre quero voltar, é que às vezes me falta saber, e só.
(me diz que você vai entender todas as loucuras e os medos que eu finjo não ter.)

Senti-me frustrado, tudo me derrotava. Eu começava a ficar deprimido. Minha vida não estava indo para lugar algum. Precisava de alguma coisa, o brilho das luzes, glamour, alguma porra. Me sentia esquisito. Como se nada tivesse importância. O jogo me cansava. Eu perdera a garra. A existência não era apenas absurda, era simplesmente trabalho pesado. Pense em quantas vezes a gente veste as roupas de baixo em toda a vida. Era surpreendente, era repugnante, era estúpido.

Charles Bukowski.

sábado, 20 de julho de 2013

Meus dizeres

Diz que a escrita é murcha porque não se soube compreender o sentimento do autor.
Diz que a vida é bela mas certamente não derrapou sobre as pedras do caminho.
Diz que o mato é seco e que ainda é cedo para amar novamente.
Diz que nada mais te inspira, mas a raiva que te grita que transborda tua escrita.
Diz que não tem calma e não se perde a alma.
Me diz o que você quer..

O depoimento do pássaro decaído

Eu não quero temer, eu quero poder sentir a brisa leve no meu rosto, me fazendo sentir frio, sentir medo, aquele medo bom de refúgio, de afago, de esperança. Quero o dinheiro suficiente para viver bem e jogar o mundo pro alto quando eu pensar em desistir outra vez. Me referir ao canto dos pássaros quando me perguntarem qual foi a mais bela canção já ouvida por mim e, cada vez mais, invejar toda e qualquer grandeza do mar. Pensar e inutilmente agir, mas o pior dos pesares é deixar de sonhar, deixar de entender que toda força material pode ser aprendida e assim todos nós reaprendêssemos a andar.
Me entristecer pela força da palavra e pela forma que se é dita, me engrandecer pelo suspiro que dou para poder responder a todas elas. 
Querer adorar as estrelas, as feias, as malditas invenções feitas e meus amores desfeitos..
Me deixa voar, me deixa ir embora.
A angústia de quem vive parte e deixa as sobras do que um dia já foi belo, que um dia era brilhante e que agora se desviou.. e foi. 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Só, zinho

Só sente dor quem teme a morte, o desprezo e a angústia do vazio, de se sentir só.

#1

Tomou minhas dores, me levou aos céus e me mostrou um novo mundo, fez tantas coisas que não cabem no meu pensamento e muito menos em um papel A4. Fez muito por mim que se esqueceu que o mais importante da vida era não se importar com tão pouco.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

De encontro a você

Se eu tivesse coragem te diria tantas coisas
te deixaria aflito com minhas palavras
te faria ficar sem graça, sem ameaças
Eu não queria revelar, queria deixar pra lá
mas é complicado mesmo sendo tão adorável, inexplicável
Algo em mim se perde ao dar as costas e partir
Mas se encontra no seu olhar...
E só me resta sorrir, sem nada a dizer, até você notar.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Silhueta da dança

Somos pele morta dentro da taça quase cheia
A lamúria enquanto o vento gelado sopra seus cabelos negros
Te leva ao além
O paraíso sem frescura
A delícia de morrer
Viver não cansa, o que cansa é caminhar demais
E correr em busca de algo que faça sentido.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Você pode se interessar quando eu falar sobre minha vida, você pode dizer que foi boa, pode dizer que foi chocante, pode dizer que foi confusa. Você pode achar o que for, mas provavelmente nunca verei seu rosto enquanto você lê, ou não saberei compreender suas reações quando te conto. Mas ainda assim me expresso.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O choro do tormento

Chora pra mim, vai..
Só mais uma vez pra que eu possa ter certeza de que é isso que você quer, quer ficar
e me amar
e me deixar em paz.
A dor e o sofrimento de quem vaga, procurando caminho na perdição encontra mais de mil e uma facetas da vida, do sim e do não. Você com essa barba mal feita, careta, que de longe já me odeia, mas de perto me abraça. Seu soneto foi mal feito, é uma pena dizer, mas você é malandro e sabe tudo que eu digo, sente o cheiro do abrigo e corre pra me abraçar.

Quase nada

Foi só uma pedra no caminho, ou duas, ou três, acho que dez no total.
Na verdade tinha tanta pedra que eu nem enxergava mais por onde tinha que andar, mas eu fui.