domingo, 18 de setembro de 2011

Análise I

O tempo não pára - Cazuza


"Disparo contra o Sol

sou forte, sou por acaso
minha metralhadora cheia de mágoas" 

Por mais que Cazuza estivesse em uma fase ruim, demonstra de início sua força mediante a tudo que passou na vida.


"Eu sou um cara
cansado de correr na direção contrária
sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara"



O cansaço, a ausência de amores, o fracasso, tudo tendia  favor da desistência

"Mas se você achar
Que eu tô derrotado

Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára"

A partir do que é dito, o ouvinte percebe que ele consegue inverter esse papel e lutar por algo que ainda está por vir (os dados ainda estão rolando)

"Dias sim, dias não
eu vou sobrevivendo sem um arranhão
da caridade de quem me detesta"

Cazuza satiriza todos aqueles que um dia já o quiseram mal e que, por algum motivo, não obtiveram êxito

"A tua piscina tá cheia de ratos

tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não pára"

Ele, por meio de metáforas, afirma que aqueles que o querem mal, são impostores e que estes não estão lúcidos, falam muito e nunca tem o que dizer

"Eu vejo o futuro repetir o passado
eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára"
Pelo que entendi, nessa parte ele anseia por melhorias, não só sobre o caso que leva a sua morte, mas também por esse mundo que o cerca.

"Eu não tenho data pra comemorar, às vezes os meus dias são de par em par
procurando agulha num palheiro"

Quem conheceu a vida de Cazuza, sabe bem sobre suas farras e seus amores expressos, e é disso mesmo que ele fala. A cada bebida, uma nova procura.

"Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros"
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro

transformam um país inteiro num puteiro
pois assim se ganha mais dinheiro"

Mais do que um tapa na cara do país 


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