quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Às cinzas

Todo dia, toda hora
você me vem com uma nova história
te amo, também te amo... meu amor
e as conversas se calam por agora
e a gente diz que ta bem, meu bem, meu bem
a gente diz que um dia ainda vai ficar bem
meu bem, eu também

Se alguém me pára na rua
e pergunta se eu to legal,
eu viro e digo meu amor,
to melhor do que no inferno astral

E a gente finge tão bem, tão bem, tão bem,
e a gente diz que ta bem, meu bem, mas meu bem

Os casais passados das novelas
nunca vão ser como nós, como nós
nós somos um outro tipo de praga, tão rara
trocando carícias nos lençóis,
que voz, que voz...
na cama, sala, mesa,
em tudo meu bem, também, tudo bem

E noutro dia qualquer, meu bem
qual é o teu plano?
te vejo mais tarde, uma dose, de novo.


E eu aqui sozinha, acabada
e você nem ai, nem ai..
ta com pressa pras outras mil pretendentes, que te acendem, te fingem orgasmos;
enquanto eu só sirvo pra acender o cigarro, tragar um bucado e dizer mil palavras sem rancor, meu amor, meu amor.

E a gente finge tão bem, meu bem, também
e a gente finge tão bem que tudo é normal, que tudo.. tudo agora é igual.



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