quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ainda é bom lembrar de ti

Lembro do tempo em que eu era só mais um grão de areia no seu deserto, que nosso futuro era incerto, do tempo que eu só te queria pra mim.
Lembro das frases mal ditas, de todas as feridas, dos soluços sem fim.
Lembro mais ainda dos sorrisos de lado, dos olhares fechados, de tudo e mais ainda de ti.
Lembro das maravilhas que era, e tudo que pudera era te ter, enfim.

Lembro das bandanas trocadas, das gargalhadas escassas, do fracasso do meu amor.
Lembro do seu pescoço esguio, dos seus olhares tão frios, do mp4 de cor.
Lembro dos pingos da torneira, de toda baboseira jogada no ventilador.
Lembro dos conselhos meio corretos, dos tapas concretos e também de toda a dor.

Lembro do mate gelado, do beijo mal dado, da rapidez e de todo confronto.
Lembro da frigideira quente, sem nenhum aguardente para te deixar meio tonto.
Lembro das críticas de filme, dos tempos tão firmes, das despedidas e dos contos.
Lembro de todo o resto e, de tola, nunca presto, nem para liquidação, nem para desconto.

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