sexta-feira, 29 de junho de 2012

Palavras


Teu lugar é em mim.
Eu digo, baixinho, 
para que não ouças. 
Para que não saibas.
Ando. Durmo. Falo. Sigo.
Quero o desatino. 
Preciso da descompostura.
Em alerta, espero a desesperança.
Leio palavras alheias 
e todas elas são teu nome.
Em maiúsculo, o vazio.
De novo, tua voz fez casa no meu corpo.
Mas não chega, nunca chega.
Como chegar a essa cama sem palavra nenhuma que me vista?

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