sábado, 20 de julho de 2013

O depoimento do pássaro decaído

Eu não quero temer, eu quero poder sentir a brisa leve no meu rosto, me fazendo sentir frio, sentir medo, aquele medo bom de refúgio, de afago, de esperança. Quero o dinheiro suficiente para viver bem e jogar o mundo pro alto quando eu pensar em desistir outra vez. Me referir ao canto dos pássaros quando me perguntarem qual foi a mais bela canção já ouvida por mim e, cada vez mais, invejar toda e qualquer grandeza do mar. Pensar e inutilmente agir, mas o pior dos pesares é deixar de sonhar, deixar de entender que toda força material pode ser aprendida e assim todos nós reaprendêssemos a andar.
Me entristecer pela força da palavra e pela forma que se é dita, me engrandecer pelo suspiro que dou para poder responder a todas elas. 
Querer adorar as estrelas, as feias, as malditas invenções feitas e meus amores desfeitos..
Me deixa voar, me deixa ir embora.
A angústia de quem vive parte e deixa as sobras do que um dia já foi belo, que um dia era brilhante e que agora se desviou.. e foi. 

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