quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A menina do balão vermelho - Banksy

 A menina do balão vermelho caminha pelas ruas, caminhando vai seguindo os muros, em alguns muros percebe passagens, entradas, becos, outros lugares, só a barreiras nenhum caminha por onde ir ou vir. A menina continua caminhando, segurando o seu balão ela vai pensando, à passagens que ela nunca ira passar, lugares por onde nunca irá caminhar, coisas e pessoas que em nenhum momento da vida ela verá ou conhecerá.
Em algum momento ela se entristece, pensa que perdera muita coisa e isso não a deixará evoluir. Mas a caminhada não para é ininterrupto, o balão as vezes chacoalha com o vento, parece que vai sair das mãos, mas a menina segura com força não pensa em abandonar sua única companhia.
Em alguns minutos uma percepção rápida lhe toma a mente, não se pode ter saudade do que não se conhece que se for de ser, um dia será, não precisara lagrimas, apenas será, assim como as ondas que quebram na praia sem ter noção de onde esta indo.
É o caminho que a vida toma, pode ser que entre por todas as passagens ou apenas siga os muros sem desviar pelos lados, sem fazer voltas ou mudar de rumo.
A menina do balão vermelho sabia que era muito jovem pra se preocupar com essas coisas, mas de fato ela se preocupava e não sabia por que, em algum momento ela perdeu a inocência, ou foi a inocência que dela se perdeu.
A menina ao pensar nisso apenas sorriu, olhou para o balão que a tanto caminha ao seu lado preso, agarrado a sua mão, lembrou que por vezes ele parecia tentar fugir, era só o vento soprar e o balão tremulava todo, como quem quisesse com vento seguir.
Pensou que motivo não tinha mais pra carregar o balão consigo, não queria ser desse tipo de pessoa que prende, que limita.
Abriu a mão e soltou a fita que prendia o balão a ela, o balão vermelho foi subindo com o vento indo perdido, levando com ele os pensamentos da menina.
Ela agora caminha sozinha, com a leveza de não se prender as coisas da vida, a certeza que nunca se esquecera do balão, mas também não se precipitara a pensar no futuro que a espera em cada lugar. 

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